quarta-feira, 29 de junho de 2011

O amor é fodido

"As mulheres são todas diferentes. Os homens são todos iguais. Em termos de informação, os amigos são uma perda de tempo tão grande como as mulheres. Os amigos nada acrescentam ao que se sabe. Cada mulher faz questão de alterar o trabalho da mulher anterior. O nosso maior amigo não nos adianta nada. Mantém-nos exactamente no mesmo preconceito. Mudar de mulher é mudar de paradigma.
Os amigos servem para nos lembrarem daquilo que já sabemos. As mulheres servem para nos fazer esquecer tudo o que sabíamos. Está mais que provado. Os homens são todos iguais. Copiaram-se em conjunto. As mulheres são todas diferentes. Destacaram-se uma de cada vez.
As mulheres são todas diferentes. Quando se perde um homem, há outro igual ao virar da esquina. Quando se perde uma mulher, é uma vida. Os amigos arranjam-se e as mulheres também, mas as mulheres ninguém sabe como é. As mulheres sabem. Os homens pensam. As mulheres pensam que sabem. Os homens sabem que não sabem. Mas são as mulheres que acabam por ter razão.
Quando penso nestas coisas gosto da sensação de não chegar a parte nenhuma. Falar nas “mulheres” é uma estupidez. De nada serve falar a este nível de abstracção. É como falar do “universo”.
Pior. Cada mulher deste mundo é um universo à parte. Ou, se calhar, é só porque as mulheres não pensam nos homens como os homens pensam nas mulheres."

Título: O Amor É Fodido Autor: Miguel Esteves Cardoso

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